O Real Madrid arranca a temporada em grande com a conquista da Supertaça Endesa 2022 festejada em Sevilha. Os nossos impuseram-se ao Barça no prolongamento para conquistarem o nono título nesta competição e o quinto de forma consecutiva desde 2018, naquela que é a melhor série do torneio. A nossa equipa tinha o jogo perdido no terceiro quarto com 12 pontos de desvantagem mas voltou ao jogo em 7 minutos espectaculares após um parcial de 22-4 e acabou por ganhar com uma exibição estratosférica de Tavares, que foi eleito MVP (24 pontos, 12 ressaltos, 5 desarmes e 40 de valorização). Deck (22 de valorização) e Musa (20) foram os outros pilares, além de Llull, que com 3 triplos consecutivos iniciou a reviravolta. Primeiro título da temporada e de Chus Mateo à frente do banco madridista.
Com Rudy a oferecer o troféu de vencedor do Eurobasket a um San Pablo cheio começou uma final em que os dois treinadores apostaram em cinco iniciais altos. Muito ritmo mas com baixas percentagens no tiro exterior, o que propiciou que os pontos fossem obtidos na zona restritiva. Aí, o Madrid repartiu a concretização entre Musa, Deck e Yabusele. O Barça apoiava-se num Sanli muito acertado (11 pontos) para terminar um primeiro quarto em que os nossos quase sempre estiveram na frente (17-15, min. 10).
A reboque
O Madrid foi asfixiado no segundo período. Faltou fluidez ofensiva e agressividade na defesa. Ganhava os ressaltos ofensivos mas os segundos lançamentos não entravam. Pelo contrário, o Barça encontrou a forma de travar os nossos e foi mais consequente na concretização com a entrada de Jokubaitis, Kuric e Vesely. Pouco a pouco, foi ganhando uma vantagem que alcançou os 10 pontos aos 19’ antes de que Musa, que com Tavares rebocaram o carro madridista neste período, colocassem em apenas 8 pontos a desvantagem antes do descanso (29-37, min. 20).
vídeo.89-83: Vencedores da Supertaça!
O guião repetiu-se nos primeiros compassos do terceiro quarto porque o Madrid não conseguia ligar o jogo, circunstância que aproveitava o adversário para aumentar a vantagem para 12 pontos com Sanli de novo como protagonista (33-45, min. 23). Momento muito delicado que despertou os nossos jogadores. E de que maneira. A resposta foi rápida e contundente, das que nos tem habituado esta equipa. Recuperou a sua melhor versão na defesa fechando a sua tabela, controlou o ressalto ofensivo com um Tavares dominador e conseguiu correr. Musa, Deck e o que faltava chegar: Sergio Llull. O capitão fechou com três triplos consecutivos em 60 segundos um parcial de 22-4 que culminava a reviravolta antes de entrar no último período (55-49, min. 30).
À primeira não; à segunda
O jogo estava partido. Imprevisível. O Barça reagiu após um triplo de Rudy que tinha dado a maior vantagem para os nossos com 58-51 aos 33’. Laprovittola e Kuric neutralizaram a desvantagem. Tudo por decidir. A igualdade era máxima. Tobey puxava pelos azul grenás; Tavares, pelo Madrid. Um cesto do poste adversário dava o empate a 71 quando faltavam 13 segundos. Os nosso esgotaram a posse de bola e Deck errou um triplo que teria dado a vitória. Mais do mesmo no prolongamento. Troca de golpes até ao final. Laprovittola tomava as rédeas do seu conjunto, mas o momento era de Tavares. O poste adoçou um jogo memorável (bateu o recorde de valorização na história do torneio com 40) sendo decisivo neste tempo extra com os seus pontos, mas sobretudo com a sua presença. Com 85-83, a 42 segundos do final e posse do Barça, fez um desarme de lançamento a Sanli numa jogada decisiva. Deck sentenciou a vitória desde a linha de lances livres (89-83). Poirier disputou o seu jogo 100 com a nossa camisola enquanto que Llull se tornou no madridista com mais encontros da Supertaça superando Felipe Reyes (24). A hegemonia blanca continua.
