CRÓNICA | 12/09/2021 | Edu Bueno | FOTÓGRAFO: Víctor Carretero (Tenerife)
O Real Madrid recupera da desvantagem de 19 pontos contra o Barça na final disputada em Tenerife e coqnuista o oitavo título nesta competição. Llull, decisivo com 24 pontos, foi eleito MVP.- Supertaça
- Final
- Dom, 12 Set


O primeiro Clássico arrancou de forma frenética com ambas as equipas muito sujeitas ao ataque e exibindo um ritmo altíssimo, anormal nesta fase da temporada. O Barça adiantou-se nos minutos iniciais, com quatro triplos quase seguidos, mas o Real Madrid respondeu com uma boa solidez de jogo e tendo Alocén como protagonista antes de sair devido a um golpe fortuito com Davies. O base marcou dois triplos
consecutivos para anular uma desvantagem de 5 pontos, enquanto Poirier revelava-se muito forte a defender e a equipa não quebrou até se colocar na frente do marcador, com o 23-24 aos 11’.
Menos ritmo
Como seria de esperar, o jogo registou uma quebra física no segundo quarto. Tanto Laso como Jasikevicus procuravam soluções recorrendo ao banco. Oriola (11 pontos) e Llull (8) mantiveram o pendor ofensivo e a igualdade era quase total em todos os capítulos. Só na recta final da primeira parte - numa altura em que o Madrid esteve algo mais desconcentrado, devido a várias decisões da arbitragem que os carregava de faltas pessoais, incuindo uma técnica a Causeur - é que se rompeu o equilíbrio a favor dos azulgranas que foram para o intervalo a vencer 46-40.
O Real Madrid ganhou as quatro últimas Supertaças.
O terceiro período não começou bem para os madridistas. O Barça soube adaptar-se melhor a um ritmo mais pausado e com contínuas interrupções (falta técnica ao banco blanco e antidesportiva a Heurtel). No ataque esteve apagado, com apenas 4 pontos em 5 minutos, ao contrário de um rival mais solto, com Calathes e Mirotic a encestarem com facilidade para se abrir uma brecha de 19 pontos à passagem do minuto 25 (63-44). A entrada de Llull e Alocén deu maior velocidade e activou a arma competitiva da nossa equipa. O capitão começou a afirmar-se, fazendo uso de todo o seu repertório e os 13 pontos reduziram a diferença para 73-66 no início do último período.
O campeão levanta-se para ganhar
As sensações mudaram e o Madrid era quem tomava a iniciativa ante um Barça que se mantinha na frente graças a Higgins. Llull continuava com a batuta, dando um recital a defender e tornando-se num quebra-cabeças para os azulgranas. Alocén, Williams-Goss e Poirier uniram-se na produção ofensiva, enquanto na defesa se impediam os ressaltos sem dar segundas opções ao rival. Os comandados de Laso estavam lançados. Um triplo de Williams-Goss e dois lançamentos livres de Yabusele culminavam numa incrível recuperação, com 81-83 a faltar um minuto e meio e depois de um parcial de 39-18. Era tempo de sofrer, mas a equipa não iria deixar passar esta oportunidade de conquistar outro título. Fiel à sua história. Nunca deixando de acreditar. Davies empatou a 83 à entrada do último minuto e por aí ficou o somatório contrário. O Madrid não vacilou. Dois lançamentos livres de Poirier, outro de Alocén e dois mais de Yabusele, certificaram um último período sublime da equipa, através de um 26-11 que tornou possível a vitória do Supercampeão (83-88, min. 40). E não jogaram Rudy, Thompkins e Randolph.