CRÓNICA | 20/05/2018 | Edu Bueno (Belgrado) | FOTÓGRAFO: Víctor Carretero/Ángel Martínez
Os blancos derrotam o Fenerbahçe e proclamam-se campeões europeus pela segunda vez em quatro anos. Doncic, MVP da Final Four.- Euroliga
- Final (Final Four)
- Dom, 20 Mai


Não era Istambul mas parecia pelo amarelo que inundava as bancadas da Stark Arena. O Real Madrid tinha que lutar contra um ambiente desfavorável e uma oposição do Fenerbahçe baseada no jogo no limite. Aguentou a entrada turca e não se preocupou que fossem dois secundários como Ahmet (8) e Kalinic (5) a marcarem. Os importantes estavam marcados. A pressão dos comandados por Obradovic durou cinco minutos (6-11), os que demoraram os blancos a juntarem ao seu jogo o acerto nos triplos.
O perímetro madridista começa a carburar
Um desconto de tempo de Laso e a entrada em campo de Rudy e Llull deram ao Madrid maior capacidade para ameaçar com o jogo exterior. Isso somado a que defensivamente aplicasse a mesma dureza do adversário permitiu encadear uns minutos de grande nível. Como fizeram nas meias-finais, deixaram para trás o Fenerbahçe e com um parcial de 16-1 em sete minutos, nos quais marcaram quatro triplos em cinco tentativas, alcançaram a maior diferença (25-17, min. 12). Foram Sloukas e Melli os que deram um passo em frente do lado turco para porem fim à série madridista e levarem a final a uma troca de golpes até ao intervalo com o 38-40.
Rudy conquista a Euroliga no seu jogo 400 com o Real Madrid.
A elevada exigência do jogo não permitia descansar e o Madrid demostrou estar muito concentrado. Fez um terceiro quarto sensacional a todos os níveis. Não fraquejou apesar da pressão exercida pelo Fenerbahçe, agora com Wanamaker no comando, e seus seguidores. Fazia frente com todos os seus jogadores, liderados por um sensacional Causeur. O francês marcou 12 pontos no terceiro quarto para um total de 25 do Madrid. A sua contribuição e a de Reyes na área restritiva, mais um grande trabalho defensivo que apenas concedeu 15 pontos ao adversário, permitiram aos jogadores orientados por Laso entrarem com 8 pontos de vantagem no quarto decisivo (63-55, min. 30).
A força de uma equipa
Assim foi como tinha jogado durante todo o encontro e a chave do êxito do grupo de Laso: ser uma equipa. Foi impressionante. Em cada bola, em cada posse, o Madrid deu tudo. O Fenerbahçe continuava sem poder derrubar a solidez madridista. Tentava com um acertadíssimo Melli, mas os blancos respondiam uma e outra vez com diferentes protagonistas. Tavares controlava o jogo ofensivo turco, Doncic a dirigir, Thompkins, Carroll... uma exibição de basquetebol solidário. Um triplo de Carroll colocou o Madrid dez pontos à frente com 71-61 no minuto 35.
Sangue frio com Causeur no comando
Com tudo que tinham, os jogadores de Obradovic lutaram até final, diminuindo a desvantagem para 81-78 a 22 segundos do final, mas a Décima merecia um esforço suplementar. Um ressalto de Thompkins no ataque e posterior cesto, e dois lançamentos livres de Causeur faziam cair definitivamente o Fenerbahçe e permitiam ao Real Madrid alcancar o sonho numa temporada carregada de dificuldades (85-80, min. 40).