Courtois: "Neste formato da Liga dos Campeões, é muito importante ganhar amanhã"
"Fisicamente, não é fácil depois de uma temporada tão longa e com tão pouco descanso", afirmou o goleiro.

Thibaut Courtois foi um dos protagonistas, ao lado de Ancelotti, na coletiva de imprensa antes do jogo contra o Borussia Dortmund, válido pela terceira rodada da fase de grupos da Liga dos Campeões. O goleiro do Real Madrid comentou: "Estou muito bem, feliz por ter jogado outro dia. O importante é estarmos unidos como equipe, sacrificando-nos uns pelos outros e dando o nosso melhor. Neste novo formato da Liga dos Campeões, o jogo de amanhã é muito importante, principalmente após a derrota contra o Lille. Precisamos vencer amanhã."
Qual impressão você acha que causa nos adversários?
"Tenho uma boa amizade com Borja Iglesias. Em muitos jogos, ele me fala alguma coisa. Outro dia, depois da partida contra o Stuttgart, ele me mandou um vídeo e disse: 'Você é muito chato'. No fim, tento fazer meu trabalho, ajudar o time em momentos como aquele e tentar manter o placar, para que depois possamos marcar um gol. Continuo tentando fazer meu trabalho o melhor que posso."
O problema defensivo pode ser uma questão de atitude ou falta de estímulo?
"A atitude de todos é a melhor possível. Tentamos defender com os 11 jogadores em campo, mas o adversário tenta causar danos, tirar você de posição para colocar a bola nas costas da defesa. Acho que às vezes é uma questão de comunicação: quando pressionar e como pressionar, e temos que fazer isso como um time, todos juntos. Se um vai antes da hora e o outro não acompanha, criam-se espaços, e hoje em dia muitos times conseguem tirar proveito disso. Estamos tentando corrigir isso nos treinos. No outro dia, talvez não tenhamos feito as coisas tão bem, mas para isso temos as análises de vídeo com o treinador para corrigir."
"Fisicamente, não é fácil depois de uma temporada tão longa para alguns, com apenas 2 ou 3 semanas de descanso. Jogadores como Valverde ou Rodrygo, que vêm da América do Sul e jogam outro jogo em dois dias, têm dificuldade em manter esse ritmo. Vamos conseguir, e é por isso que é importante continuar vencendo as partidas, para estarmos bem no final da temporada."
Declarações de Simeone após o dérbi
"Respeito a opinião dele, mas não concordo. Temos outras ideias sobre o que é provocação, mas as instituições e os órgãos responsáveis já tomaram suas decisões, e não quero comentar mais sobre isso."
Possível reforço na defesa
"Confio na equipe, nos companheiros que temos, e, se o clube decidir que precisamos de um reforço, essa é uma decisão deles, mas não é algo com o qual os jogadores se envolvam. Temos o suficiente para nos prepararmos e vencermos as partidas; são outros que têm que decidir isso."
Você se sentiu decepcionado com alguém após o que aconteceu no Metropolitano?
"Não vou comentar mais sobre esse assunto. Já foi dito o que precisava ser dito. Estou focado no jogo de amanhã."
Os ultras têm lugar no futebol?
"O importante é que não haja violência. Na Bélgica, vivi muitas situações assim. Existe uma cultura mais forte disso. Eu, com os que apoiam seu time e criam um pouco de rivalidade, não tenho absolutamente nenhum problema. Gosto dos clássicos, dos jogos intensos quando jogamos fora de casa; isso me dá mais adrenalina. Gosto de jogar em um ambiente onde há muitos cânticos, mas sempre com respeito aos jogadores em campo e sem violência. Às vezes há uma interação entre um jogador e a torcida, e isso é normal. Não me importo que cantem para mim, mas, se marcarmos um gol, pode haver uma pequena reação, e não vejo nada de errado nisso. O importante é eliminar aqueles que querem causar danos."
Processo mental no mano a mano
"É uma técnica onde tento me tornar o maior possível, ler o que o atacante quer fazer e jogar com o tempo. Outro dia, o atacante teve muito mais tempo porque saiu do meio de campo e teve tempo para pensar. Nesses casos, você precisa jogar para fazê-lo hesitar. Tenho dois metros, e se me lanço com os braços e pernas abertos, há pouco espaço, mas nem sempre dá certo. É uma técnica que controlo bem e que me ajuda em momentos assim."
O que está faltando ao time?
"Houve mudanças. Alguns jogadores não estão mais aqui, e outros chegaram. Às vezes, leva um tempo para se adaptar e criar novos automatismos. Isso não acontece em um mês ou dois, mas com treino e partidas. Vai melhorar, e nem está tão ruim quanto parece. Às vezes falta clareza nos passes ou nas nossas ideias, mas é algo que discutimos entre os jogadores e tentamos melhorar. Só conseguimos isso treinando, e é o que estamos tentando fazer."
Relação com Lunin
"Tento ajudá-lo. Ele também me faz ser melhor nos treinos e mostrar por que eu devo jogar e não ele. Essa competição sempre te faz melhor, e tento ajudar, não só ele, mas também Fran e os outros goleiros que podem subir. Tento dar meus conselhos. Entendo que não é fácil quando você jogou tantos jogos no ano passado. Ele é um grande goleiro, e tenho certeza que continuará nos ajudando."