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Xabi Alonso: "Vamos enfrentar um grande do futebol europeu, é tudo ou nada"

"Mbappé está se sentindo muito melhor. Pela manhã vamos conversar novamente para tomar a decisão final", explicou o treinador do Real Madrid.

Xabi Alonso: "Vamos enfrentar um grande do futebol europeu, é tudo ou nada"
NOTÍCIARepórter Fotográfico: Antonio Villalba (Miami)

Xabi Alonso compareceu à sala de imprensa do Hard Rock Stadium, em Miami. O nosso treinador analisou o confronto desta terça-feira contra a Juventus (21h, horário da Espanha [16h, horário de Brasília]), válido pelas oitavas de final do Mundial de Clubes da FIFA: "Em todo Mundial, depois da fase de grupos começam os jogos decisivos em que é tudo ou nada. Vamos enfrentar um gigante do futebol europeu como a Juventus, que vai nos exigir muito em termos de futebol, mentalidade e concentração. Preparamos o jogo nos últimos dois dias e está tudo pronto para amanhã."

É o primeiro grande teste?
"Não. É um jogo muito importante, essa é uma competição diferente e sabemos o quanto é decisivo. Não é o primeiro grande teste, apenas um jogo muito importante."

Como está Mbappé?
"Está bem. Conversamos diariamente e ele está se sentindo muito melhor. Amanhã (hoje) vamos falar novamente para tomar a decisão final. Há uma grande possibilidade de que ele possa jogar."

Davide Ancelotti opina que você é o segundo melhor treinador do mundo
"Tenho uma relação muito boa com ele, porque compartilhamos duas etapas, tanto no Real Madrid como no Bayern. Quero agradecer a ele, porque eu não sei onde estou no momento, só sei que estou no lugar onde quero estar. A trajetória do Carlo, comparada com a minha, é muito mais ampla. Estou assumindo o comando com muito orgulho e honra, depois da grande etapa do Ancelotti, do Davide, do Francesco e de toda a equipe que esteve aqui. O tempo vai dizer."


O papel da base
"A nossa primeira ideia é ganhar partidas. Como e com quais jogadores vai depender dos recursos que tivermos, tanto do elenco principal quanto do Castilla, que está nos ajudando muito e tem um nível muito bom. A base do Real Madrid sempre teve jogadores que ofereceram um grande nível competitivo. Eles precisam ter oportunidade. O Gonzalo está fazendo um bom trabalho, assim como fez o Asencio quando o Ancelotti lhe deu a oportunidade. No futuro virão outros. Eles precisam ter o seu espaço, embora o Madrid seja muito exigente e nos obrigue a vencer."


Sobre Rodrygo

"Depois do jogo, eu sempre tento me aproximar de todos os que encontro pelo caminho. Ele teve alguns minutos que foram importantes para ele e vai ser um jogador importante para nós. Em competições como essa, às vezes quem começa jogando e quem entra durante a partida podem ter o mesmo peso. Podem fazer a diferença, então cada jogador precisa estar pronto para o que for preciso. Todos estão com boa atitude. O Rodrygo está treinando bem e, no lado emocional, eu o vejo bem. Depois, cabe a mim decidir quem joga."

Novidades na convocação
"Para amanhã, tanto o Carvajal quanto o Militão entram na lista depois de longos períodos de recuperação. Isso vai ser um reforço, não só para eles, mas também para o grupo, sentir que eles estão próximos. Tanto os que estão jogando como os que ficam no banco têm um papel muito importante. Quando o pessoal no banco vive o jogo e apoia, essa conexão faz diferença, e isso é importante. O nível competitivo deles ainda vai precisar de mais minutos, mas quando estiverem 100%, vão ser muito importantes na próxima temporada."

Prioridades táticas
"Uma das primeiras coisas que falei foi sobre as distâncias que precisamos ter entre nós. Quanto mais compactos pudermos jogar, com ou sem a bola, mais fácil será ter um pouco mais de controle e facilitar a pressão. As duas coisas precisam andar juntas. A atitude é indispensável, mas ter organização também. Quando essas duas se combinam é quando a equipe defende melhor."

Assista a todos os vídeos desta partida no RM Play

O uso do drone no treinamento
"Com o drone, tentamos gravar os treinos de outra perspectiva para analisar as distâncias, o trabalho tático e os movimentos, porque aqui não temos as câmeras fixas que costumamos ter em Valdebebas. É algo que já fazíamos no Leverkusen e trouxemos para cá. Muitos clubes fazem isso, não acho que sejamos pioneiros, mas usamos com frequência."

Enfrentar o Ramos nas quartas
"Primeiro temos que vencer amanhã e tomara que eu possa responder isso com mais profundidade depois. Jogamos juntos muitas partidas e temos uma grande amizade. Fico feliz que ele continue rendendo em alto nível na idade que tem e que siga com essa vitalidade e vontade de jogar. Tomara que a gente possa se encontrar nas quartas."

A competição
"Até agora, tem nos colocado muitos desafios. Sabíamos que estaríamos prontos, mas é uma competição tão intensa e com prazos tão curtos que custa engrenar e estabelecer as bases. Passamos muito tempo juntos e isso nos permite fortalecer as relações, que são tão importantes. Queremos fazer uma grande partida amanhã."

Jogar no meio do dia
"Vamos tentar chegar mais bem hidratados. Contra o Al Hilal tínhamos poucos dias aqui e a adaptação não era a ideal. Agora, depois de quase duas semanas, a adaptação é melhor. Estamos monitorando os níveis de hidratação, porque são fundamentais. Não estamos acostumados a jogar às três da tarde com tanta umidade e calor. Se o dia estiver nublado, será bem-vindo. Se não, vamos jogar com o que tiver."

Como estão sendo essas primeiras semanas?
"Estamos na terceira semana desde que começamos e estou contente e motivado. Em muita coisa, me lembra as concentrações que eu tinha como jogador, porque muita gente do clube continua a mesma, só que agora estou em outro papel. O papel de organizar, decidir e preparar as coisas. Mas tem muita coisa que não muda: é gerenciar jogadores, pessoas, e construir essas relações e laços de confiança que depois permitem você criar algo para o futuro. Passar muito tempo juntos tem acelerado esse processo. Tomamos café, almoçamos e jantamos juntos. Quando acabar, vamos dar um tempo, como em qualquer relação, e depois nos reencontramos. É sem forçar as coisas que se constrói da melhor maneira. Estou me sentindo muito à vontade."

Decisões
"São coisas que vamos sentindo como funcionam, mas claro que podem se repetir no futuro. Essa competição é um pouco diferente do que vamos ter na temporada. É um formato muito mais rápido. Agora começam os mata-matas e o contexto muda na hora de distribuir os minutos ou as cargas. Você precisa ser mais direto em cada jogo. Já estamos no processo de preparação e estamos nos conhecendo melhor. O dia a dia vai nos ajudar a construir as bases para quando começarmos em agosto."

Sobre a Juventus
"É um time muito intenso, com ideias bem definidas, grande qualidade coletiva e individual. Tem jogadores de altíssimo nível. Com certeza vamos enfrentar um grande adversário e uma equipe muito dura. As nossas referências não são do último jogo contra o City, são outras. Vamos estar preparados."

Desempenho
"Estamos tentando nos preparar da melhor forma possível. Agora estamos nas eliminatórias, entre os 10 melhores times, e temos que render bem e dar o nosso melhor. Estou me sentindo muito bem e estou curtindo muito esse momento. Estamos totalmente focados em conseguir a classificação. É uma competição muito intensa."

Sobre o Mundial de Clubes
"Não estamos pensando no médio ou no longo prazo. Passamos da fase de grupos e agora só pensamos na Juventus. Damos muito valor ao Mundial. A competição está ganhando ritmo e importância. Amanhã (hoje) temos um grande jogo. O formato está atraindo os apaixonados por futebol e nós estamos totalmente focados."

Fede Valverde
"Consigo vê-lo atuando em várias posições, como acontecia com o Steven Gerrard no seu tempo. Pela forma como estamos organizados e pelo equilíbrio que precisamos, começando um pouco mais de trás ele consegue chegar bem. Ele tem essa capacidade de acelerar e quebrar linhas com facilidade. Agora estamos aproveitando bem isso, conhecendo suas qualidades. A maior virtude dele não é receber de costas e girar, mas sim enxergar o jogo de frente. Já marcou dois gols e tem essa capacidade de acelerar e aparecer perto da área."

O que mudou como treinador?
"Quando terminei no Leverkusen, depois de três anos praticamente com o mesmo grupo, com pouco a gente já se entendia bem. Agora, mesmo com muito, ainda não nos entendemos tão bem e tão rápido. Os conceitos e as ideias levam um pouco mais de tempo para serem assimilados. Tudo vai ser muito mais dinâmico no nosso entendimento. A qualidade individual está aí, e o que temos que fazer é dar qualidade coletiva para potencializar isso. Estamos em um Mundial e a competição é muito exigente, mas queremos seguir construindo em cima dessa base."

Sensações
"É muito cedo para fazer uma análise de como estou me sentindo. Estou super bem e muito motivado. Isso me dá energia para seguir. Essa etapa nos coloca muitos desafios. Amanhã (hoje) vamos enfrentar um time europeu, mas há equipes maravilhosas por aqui."

Sobre Trent
"Ele pode jogar em diferentes sistemas e posições. No jogo contra o Pachuca, como jogamos praticamente toda a partida com um a menos, o contexto foi outro. Eu vejo os dados, analiso, mas também levo muito em consideração o contexto. Ele está começando. Apesar de ser um jogador top mundialmente, a mudança exige tempo. Ele está se adaptando bem e estamos contentes com ele."

As equipes sul-americanas
"Gostei dos argentinos, dos dois. Do Boca eu não consegui ver tanto, mas o River acompanhei bastante. Apesar de não ter conseguido avançar para as oitavas, competiu muito bem contra o Inter. A expulsão acabou marcando o rumo do jogo. Sobre os brasileiros, dá para sentir o quanto esse Mundial significa para eles. Tanto para os times quanto para a torcida. Existe uma empolgação que dá um algo a mais para eles. O Flamengo, contra o Bayern, mostrou um bom nível. O Fluminense já está nas quartas e o Palmeiras também. Isso é uma boa notícia. A gente acaba assistindo mais ao futebol europeu, por causa dos horários, mas vemos que fora da Europa também se faz um ótimo trabalho."

A dupla Mbappé-Vini Jr.
"A nossa ideia é explorar o jogo e o conceito coletivo. Que todos funcionemos como um time e os onze estejam comprometidos em todas as fases, no que queremos fazer com ou sem a bola. Depois, a qualidade individual vai acabar se destacando. Os atacantes precisam ser esses jogadores que desequilibram, que no terço final do campo façam algo diferente. Eu não tenho como ensinar o Mbappé a driblar, mas podemos trabalhar para que ele chegue a essas situações."

A liderança de Mbappé
"Ele já é um líder pelo impacto e pela influência que tem. A gente precisa que todos estejam comprometidos com a ideia coletiva. Que todos curtam o que tiverem que fazer, com ou sem a bola. Quem estiver em campo tem que fazer isso. Tanto o Kylian quanto o Huijsen, o Tchouameni, o Ceballos... A exigência é a mesma para todos os jogadores."

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