Valverde: "Temos uma grande oportunidade de começar o ano da melhor forma"
"É mais uma final, e a encaramos com entusiasmo e com a confiança de conquistar o título", disse o meio-campista.

Fede Valverde respondeu às perguntas dos meios de comunicação na véspera da final da Supercopa da Espanha contra o Barcelona (domingo, 20h [16h, horário de Brasília]). O meio-campista declarou: "Amanhã é mais uma final, muito importante, obviamente. É o primeiro título do ano. Estamos muito confiantes. Estamos bem depois de alguns meses iniciais que não foram tão bons quanto esperávamos, e acredito que amanhã temos uma grande oportunidade de começar o ano da melhor forma, fortalecidos, confiantes e motivados para vencer."
A importância de conquistar a Supercopa da Espanha
"Esse troféu é muito importante, principalmente pelo impacto emocional que ele proporciona para encarar o restante da temporada, que é exigente e onde ainda temos os principais objetivos: lutar por todos os títulos. Sempre que conquistamos esse título, ele nos dá um impulso significativo para enfrentar as demais competições. Obviamente, o adversário que temos pela frente é especial, e esperamos fazer o nosso melhor."
Titular em todos os jogos
"Estou feliz por seguir jogando todas as partidas, principalmente como titular. Fico muito contente por ter a confiança do treinador para disputar qualquer jogo. Na partida da Copa do Rei, tivemos uma conversa e ele sugeriu que eu descansasse, mas combinamos que jogaria 45 minutos. Ele ficou satisfeito, e eu, feliz por continuar somando jogos neste clube e tentando deixar minha marca, que é ter meu nome associado ao Real Madrid, o melhor clube do mundo. Para mim, isso é uma felicidade enorme. Estou orgulhoso de ouvir meus pais, as pessoas próximas, minha esposa... E que meus filhos continuem vendo que jogo por este clube é algo muito especial. Terei tempo para descansar em julho."
Como você se recupera para estar sempre disponível?
"Descansar, acima de tudo. Agora não temos muitas coisas para fazer. Estou longe das crianças, porque brincar com elas 24 horas por dia é a coisa mais difícil e cansativa. Aproveito a tranquilidade do quarto, converso com os companheiros, o que fortalece o grupo. Além disso, os fisioterapeutas, médicos e todas as pessoas que trabalham para este clube fazem o máximo para que possamos enfrentar os jogos nas melhores condições. Somos um grupo, uma equipe, e remamos para o mesmo lado, e isso é o mais importante."
Como jogador, o que você acha da situação de Olmo e Pau Víctor?
"Não vou opinar sobre algo que não me pertence, porque não cabe a mim. Meu dever é defender o Real Madrid, este clube, e fazê-lo da melhor maneira possível. Colocando-me na situação deles, é algo difícil, porque um jogador sempre quer estar em campo. É complicado treinar sabendo que você não vai jogar partidas. Essa paixão que a maioria de nós, jogadores, tem ao vestir a camisa... deve ser muito duro. Espero que eles continuem com a constância nos treinos e se preparando. Não é nada fácil passar por momentos como esses para um jogador."
Relação com Ancelotti
"O importante é que nunca houve qualquer discussão ou conflito entre a gente, como as pessoas pensam. Não uso redes sociais, e foi uma surpresa receber mensagens das pessoas próximas a mim sobre o que havia acontecido. O treinador quer o melhor para o time, sem dúvidas. Em casa, tenho minha esposa, que quer o melhor para mim. Não posso me colocar aqui para discutir quem tem razão e quem não tem. Ambas as partes defenderam o que mais amam: o treinador defendeu o time, e minha esposa me defendeu, já que sou o parceiro dela e o pai dos nossos filhos. É tudo compreensível e normal. O importante é que, entre o treinador e eu, sejamos honestos, tenhamos as coisas claras e sejamos sinceros. Depois do jogo, não conversamos porque eu não sabia de nada. Alguns dias depois, tivemos uma conversa, e ficou tudo resolvido. Nem fiquei irritado com o que minha esposa disse, nem com o que o treinador, que é o chefe neste caso, falou. É preciso seguir treinando da melhor maneira possível e ser um exemplo para o time."
Você pode marcar 30 gols como disse Ancelotti?
"É muito difícil marcar mais gols do que qualquer atacante do Real Madrid. Não penso nisso. Tento cumprir meu papel, que é defender, atacar quando necessário e contribuir com o que o time precisar. Sobre o que aconteceu com Morata na Supercopa, não vou opinar se foi certo ou errado. Foi algo da situação, e minha decisão naquele momento foi o melhor para o time. Fico com isso."
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Que manchete você colocaria se vencerem o Barcelona amanhã?
"É difícil dizer. Nós jogadores vivemos momentos muito emocionais após uma partida. Quando perdemos, ficamos de cabeça quente; quando ganhamos, a euforia toma conta. É compreensível o que Nacho e Modrić disseram em seus momentos. Se vencermos amanhã, será mais uma prova de que somos o melhor clube do mundo. Podemos não jogar bem sempre, mas seguimos sendo a equipe que está constantemente conquistando títulos. É nisso que acredito."
Você conversou com Mbappé sobre os impedimentos?
"Eu não posso dar lições a um jogador que já ganhou uma Copa do Mundo com tão pouca idade, que disputou outra final de Mundial, que conquistou tudo e que na França é uma lenda e um dos melhores jogadores do mundo. Ele sabe o que precisa fazer. Estamos aqui para acompanhá-lo e ajudá-lo. Obviamente, nos preocupa o que o Barcelona está fazendo, porque tem trabalhado bem com essa linha defensiva avançada, mas temos que ser cautelosos, especialmente os defensores e os meio-campistas, que são os responsáveis por dar o passe para o gol."
Como você viveu o episódio contra o Mallorca?
"São coisas do futebol, situações que podem acontecer. Quando se perde, ficamos irritados, de cabeça quente, e quando ganhamos estamos eufóricos. São momentos diferentes. Depois de 90 minutos correndo de um lado para o outro, é normal dizer o que vem à cabeça. São situações do futebol que ocorreram por parte dos dois times. Isso já ficou para trás, segue tudo igual, e amanhã temos que encarar outra final."
Quanta motivação de revanche há depois do último Clásico?
"Muita. Foi difícil dormir naquele dia, foi um momento duro. Ninguém espera um resultado tão expressivo e amplo. Foi complicado porque estávamos motivados para fazer uma boa partida. Acreditávamos que podíamos vencer, especialmente no primeiro tempo, porque tivemos a oportunidade de marcar e isso traz confiança. No segundo tempo, eles voltaram melhores e nós não tão concentrados. Não fizemos as coisas bem e perfeitamente como deveríamos, e isso nos prejudicou. Mas isso nos deu muita vontade e força para seguir em frente e nos tornarmos o time que somos hoje."
Mudança de dinâmica da equipe e a final da Supercopa de 5 anos atrás
"O que aconteceu com Morata foi especial para mim. Graças a isso e aos pênaltis, conseguimos ganhar mais um título. Meu nome cresceu a partir daquele momento. O mais importante é que continuo neste clube, vestindo essa camisa, e isso é o que realmente importa."
"Às vezes, com as derrotas, uma equipe se torna mais forte e cresce bastante. Depois de tantos jogos e títulos conquistados no ano passado, perder, embora soe estranho, foi algo que nos fez bem para mudar aquela situação. Não podemos nos achar superiores a ninguém, temos que continuar sendo os mesmos, com humildade, fortalecendo o grupo e a equipe."