Mbappé: "Estou muito bem e feliz por ajudar o time"

Kylian Mbappé conversou com a imprensa na véspera do jogo da Liga dos Campeões contra o Salzburgo, que será disputado no Santiago Bernabéu (quarta-feira, às 21h [17h, horário de Brasília]): "Estou muito bem. Tem sido um mês e meio em que estou em um grande momento. Tento ajudar o time ao máximo e vou para o jogo de amanhã com total confiança. Confio no meu futebol, no da equipe e em todos os madridistas que estarão presentes no estádio."

"Estou tranquilo. Quando você é um jogador como eu, com as expectativas que tinham sobre mim, é normal que as pessoas falem. Podem falar mal, mas para mim não é algo pessoal. No futebol, quando você joga bem, falam bem; e quando não, falam mal. É preciso manter a calma e focar no seu jogo e no que você pode melhorar. Eu sabia que poderia mudar a situação, e mudei. Estou muito feliz por ajudar minha equipe."

Momentos complicados
"Sou um jogador que sempre quer fazer mais, busco o melhor para mim e para minha equipe. Quando vejo que não estou conseguindo, isso me afeta. Jogar aqui é uma grande oportunidade. Sabia que situações como essa poderiam acontecer, mas mudei minha mentalidade. Só precisava fazer melhor, e aqui estou, mostrando que sou um jogador de muita qualidade e que posso ajudar o time."
"É algo mais mental, uma conversa comigo mesmo, dizendo que agora preciso fazer mais. Estava bem fisicamente e integrado com o grupo, mas sabia que precisava dar mais. Era necessário mudar a situação porque não vim para jogar mal. Agora é seguir em frente, porque jogar bem por um mês é fácil, mas no Real Madrid você precisa jogar bem sempre."

Como é jogar no Real Madrid?
"É sempre um sonho. Todos os dias, quando vou a Valdebebas e tenho a honra de jogar no Bernabéu, sei que estou vivendo um sonho. Sou feliz desde o primeiro dia, mesmo quando não estava jogando bem. Sabia que a culpa não era do clube nem dos madridistas, era minha. Já conquistei dois títulos, estamos jogando muito bem agora e temos muito a ganhar nesta segunda parte da temporada."

Pressão no Real Madrid

"Sou o tipo de jogador que precisa dessa pressão, de sentir que sempre tem que fazer mais. No jogo contra o Celta, a torcida vaiou um pouco, mas isso é normal. Em um clube como o Madrid, você precisa ganhar todas as partidas. Quando você não vence uma final como a da Supercopa da Espanha, é possível que haja vaias, e isso é normal. Nosso trabalho é mudar essa situação e fazer com que todos os madridistas fiquem felizes. No domingo, começamos mal, mas tivemos a personalidade e o estilo de jogo necessário para mudar a situação. Isso é o que os madridistas esperam."

Gesto para a torcida
"É simples. Que estejamos todos unidos. Podemos entender que a torcida vaie, não temos problema com isso, mas precisamos estar juntos. Ainda temos muito a conquistar, faltam muitos títulos, e precisamos de todos os madridistas para vencer e escrever uma nova página na grande história do Real Madrid."

Dificuldades no início e críticas na França
"Foi um momento de adaptação ao grupo. Eu pensava muito em como fazer as coisas, e quando você pensa demais, não joga como deveria. Com a seleção, não tem problema. O país é assim, eu não posso mudar o que acontece na França. Consigo entender as críticas e tudo o que acontece. Estou ansioso para voltar em março e tentar classificar a seleção para as semifinais da Liga das Nações. Meu amor pela seleção não mudou."

Ainda há margem para melhorar?
"Meu objetivo é sempre fazer o melhor jogo possível pelo Madrid em cada partida. Espero que o meu melhor jogo seja o de amanhã. Joguei bem contra o Las Palmas, mas sinto que ainda posso melhorar, porque sei que tenho essa capacidade. Confio na minha qualidade e na dos meus companheiros. Podemos fazer mais."

Mudança no caráter
"Eu nunca fui um jogador tímido, mas quando você chega em um time como o Real Madrid, que ganhou tudo na última temporada, você precisa vir com humildade. Não dá para chegar exigindo algo de um time que acabou de conquistar a Liga dos Campeões. O futebol não funciona assim. Não vou colocar uma meta fixa de gols. Se eu puder marcar 40, ótimo; se puder marcar mais, melhor ainda. O objetivo é aproveitar cada oportunidade. Se eu tiver três chances, quero converter as três. Sempre foi assim."

Como foi a semana passada?
"Ficamos tristes. Perdemos uma final. Foi uma derrota difícil, mas com a sensação de que ainda temos muito o que fazer. Há muitos títulos a serem conquistados. Foi muito importante vencer o jogo da Copa em casa contra o Celta, que não é um adversário fácil. Foi um jogo ruim, mas mudamos rapidamente nossa mentalidade. Foi isso que fizemos, e vencemos as últimas partidas. Esperamos continuar assim amanhã."