Bellingham: "O Liverpool é uma das equipes em melhor forma, mas nosso vestiário está cheio de confiança"
"Tenho confiança no grupo. Todos os jogadores podem fazer a diferença, seja saindo do banco ou começando como titulares", disse o meio-campista do Real Madrid.

Jude Bellingham concedeu entrevista na sala de imprensa de Anfield antes do confronto entre Liverpool e Real Madrid, válido pela quinta rodada da fase de grupos da Liga dos Campeões (quarta-feira, 21h [17h, horário de Brasília]): "No vestiário e no ônibus, há muita confiança. Já passamos por momentos difíceis com lesões e seguimos firmes. Confio plenamente no grupo. Todos podem ser protagonistas, seja começando a partida ou entrando durante o jogo. Sempre que alguém substitui outro jogador, o desempenho tem sido bom."
"Quando você sofre como equipe em momentos difíceis, é preciso ter conversas francas, e é verdade que não estávamos atuando no nosso melhor. Temos jogadores que podem decidir jogos e garantir vitórias, mas nos faltava atitude, tanto com a bola quanto sem ela. Esperamos mostrar amanhã o que conseguimos nos últimos dois jogos."
Sobre o Liverpool
"Será um duelo entre duas grandes equipes, e vamos trabalhar duro para vencer. O Liverpool lidera tanto na Liga quanto na Liga dos Campeões. É um time muito forte, com jogadores em excelente fase. Será um grande desafio amanhã, mas estou muito confiante."
Atuação contra o Leganés
"Foi uma boa partida. Tive um desempenho sólido e joguei bem. Quando você marca um gol, isso pode mudar a percepção, mas sou muito autocrítico. Os holofotes aparecem quando você faz gols, e as expectativas são altas por causa do que consegui na temporada passada. Não marquei tanto, mas mantive um nível alto. Dou meu melhor quando consigo buscar espaços e me movimentar pelo campo."
Sua polivalência no meio-campo
"Foi como qualquer adaptação. A dinâmica, o estilo de jogo e o planejamento mudam um pouco, mas já provei que posso atuar em diferentes posições. Prefiro jogar um pouco mais avançado, mas isso não é o mais importante para mim. Estou disposto a jogar onde o técnico precisar, e a posição não me afeta. Sempre montamos o time para vencer. Com as várias lesões que tivemos, acabei mudando de posição algumas vezes."
"Converso com Ancelotti diariamente, e temos uma ótima relação. Assim como outros jogadores, me sacrifiquei para ajudar a equipe. Contribuo para o time, assim como Fede ou Camavinga. É verdade que não marquei muitos gols, mas temos um elenco muito versátil, e, às vezes, é necessário cobrir posições quando há desfalques. Sei onde me sinto mais confortável, mas também sei como maximizar meu desempenho, independentemente da posição em que jogar."
Seu papel como goleador em relação à temporada passada
"Cheguei no verão passado, e o clube havia perdido Benzema, um dos melhores jogadores de todos os tempos. Isso criou uma lacuna, e meu papel foi uma forma de ajudar a suprir essa falta de gols. Nesta temporada, contratamos um dos melhores jogadores desta geração, que tem números incríveis de gols. Meu papel vai mudar, e estou completamente disposto a me adaptar. Nos últimos dois jogos, marquei, e é ótimo poder contribuir novamente com gols. A calma de Ancelotti tem um grande impacto no vestiário, e sua abordagem tranquila sempre ajuda em partidas importantes."
A lesão de Vini Jr.
"Ele é um dos melhores do mundo, talvez o melhor. Você se acostuma a tê-lo ao seu lado, e sua ausência é uma perda significativa. No entanto, tenho muita confiança no resto do grupo. Vini está decepcionado por não poder ajudar, mas todos nós precisamos dar um passo à frente para apoiar o time."
Mbappé
"Recebe críticas exageradas, mas tem contribuído de forma muito positiva. Nos treinos, ele impressiona, e tenho certeza de que vai evoluir ainda mais."
A Bola de Ouro
"Quando ganhamos a Liga dos Campeões, aquilo foi a nossa Bola de Ouro, o reconhecimento de que éramos o melhor time da Europa. Muito se falou sobre o prêmio, e acho que deveria ter sido dado a um jogador do Real Madrid, particularmente para o Vini Jr. Rodri é um grande jogador, mas seria mais justo premiar alguém do Real Madrid."
As críticas com a seleção inglesa
"Na Eurocopa, não fui tratado da mesma forma que antes. Acabaram colocando parte da culpa em mim pela derrota na final. Na última convocação, recuperei a alegria. Com a camisa do Real Madrid, nunca perdi o sorriso. Sou a pessoa mais sortuda do mundo: represento meu país e jogo no melhor clube do mundo. As críticas fazem parte do jogo, mas, quando se tornam pessoais, elas se transformam em um desafio para provar o contrário. Diziam que eu não estava pronto para jogar."
"A pressão nunca foi um problema. Senti que havia contribuído bem durante o torneio, especialmente em momentos decisivos, mas parecia que o mundo estava desabando sobre mim. As críticas apontavam que eu não falava com a imprensa ou não dava entrevistas coletivas. Nunca me coloquei acima de nada. Durante o torneio, estava com minha família e preferi não falar sobre isso publicamente. Algumas críticas ultrapassaram o limite do respeito, e prefiro responder com minhas atuações do que com palavras à imprensa britânica. Para mim, a família sempre vem em primeiro lugar. Minha mãe, por exemplo, não queria nem sair de casa após o torneio. Por isso, preferi ficar em silêncio."
Proximidade com o Liverpool antes de assinar pelo Real Madrid
"Não estive perto de assinar com o Liverpool. Conversei com vários clubes quando estava na Alemanha, mas quando o Real Madrid chama, toda a casa sente a vibração. Não é que os outros clubes fossem ruins, mas o Real Madrid está em outro nível."
Sobre Alexander-Arnold
"Ele é jogador do Liverpool, e seria desrespeitoso falar sobre seu futuro aqui, na casa dele. Este é um jogo muito importante, e é preciso tirar um pouco da pressão. Ele é um grande amigo, e desejo o melhor para ele, mas só a partir de amanhã."