O Real Madrid começa a temporada 2023/24 em grande, proclamando-se vencedor da Supertaça Endesa pela décima vez, a sexta consecutiva e a nona nos últimos 12 anos. Um domínio sem precedentes somando 12 vitórias seguidas desde 2018. Impôs-se no Palácio dos Desportos de Múrcia ao Unicaja numa final duríssima com mais altos do que baixos e onde soube reagir com um parcial de 20-6 nos últimos seis minutos para alcançar uma vitória mais do que merecida. Campazzo (19 pontos e 23 de valorização) foi eleito MVP do torneio pela terceira vez e liderou um jogo em que todos ajudaram, com menção destacada também para Hezonja (17 pontos), Tavares (12 e 11 ressaltos), Musa (13) e Poirier (11).
Ritmo vertiginoso no ataque para abrir a final. As duas equipas entraram com vontade de marcar. O Madrid, com a novidade Ndiaye pela baixa de Deck, e de Hezonja no cinco inicial. O extremo, com 7 pontos, respondeu à lucidez inicial de Perry (3 triplos), e foi com Musa (9) quem carregou a nossa equipa ofensivamente frente a um Unicaja que não inquietava na zona restritiva mas sim do perímetro exterior e no contra-ataque. Nos dois últimos minutos do primeiro quarto, o conjunto de Chus Mateo ajustou a defesa e com um espectacular afundanço de Yabusele fechou um parcial de 17-21, que podia ter sido mais se tivessem concretizado os lances livres (perderam 7 pontos).
Sergio Rodríguez, primeiro; Campazzo, depois
No segundo quarto o Madrid começou a abrir um fosso com os seus bases no papel de protagonistas, que marcaram a diferença. Começou Sergio Rodríguez com sete minutos nos quais fez jogar a equipa como ele sabe, exibindo o seu melhor repertório para fazer sofrer um grande defensor como Alberto Díaz. Marcou (4), assistiu (2) e aplicou-se defensivamente (1 recuperação). A defesa, individual e à zona, com Ndiaye em evidência, também não permitiu muitas ocasiões a um Unicaja que sobreviva através de Carter. Com uma pequena vantagem de 5-6 durante boa parte deste período, foi quando Campazzo entrou cheio de força. Ficou com o papel de Sergio Rodríguez e como aconteceu no terceiro quarto de ontem contra o Barça meteu a velocidade mais rápida e com oito pontos consecutivos permitiu que a nossa equipa superasse a barreira dos 10 pontos de vantagem (31-44, min. 20).
vídeo.81-88: Vencedores da Supertaça!
O Unicaja entrou no segundo tempo disposto a tudo. Conseguiu mudar o ritmo do encontro à base de velocidade no ataque e dureza defensiva, com Osetkowski a tentar desequilibrar Tavares. Isso desconcentrou o Madrid e deu confiança aos de Málaga, que foram crescendo com os pontos de Thomas até ficarem na frente com 56-54 no minuto 29. A final parecia que tinha dado a volta mas a reacção chegou no final do terceiro quarto com um parcial de 5-0 com dois lances livres de Hezonja e triplo de Campazzo (56-61, min. 30).
O campeão reaparece no momento decisivo
Havia que sofrer ainda. Os andaluzes voltaram a ir para a liderança no arranque do último quarto graças a Osetkowski e Dedovic (69-68, min. 34). Outro golpe, que no entanto, na diminuiria o moral madridista. Os nossos responderam cerrando os dentes na defesa e recuperando os bons movimentos no ataque de quase todo o campeonato. O Madrid foi solidário, manteve a calma e exibiu a sua melhor arma: a força da equipa. Campazzo e Llull tomaram as rédeas e não as soltaram, enquanto que Poirier foi determinante nos últimos minutos. A sua contundência debaixo do aro acabou com as esperanças de um adversário muito digno, mas o Madrid quando quer um título não descansa e mostrou a sua versão mais sólida e implacável para alcançar a vitória com um parcial de 20-8 nos últimos seis minutos (81-88, min. 40). Primeiro título da temporada, terceiro em menos de um ano com Chus Mateo à frente da equipa. Nona Supertaça para Llull e Rudy, que disputou o seu jogo 700 com a nossa camsiola; e sexta para Tavares e Causeur.
ESTATÍSTICAS DO UNICAJA-REAL MADRID