ESPECIAIS
Noites como a vivida em Lisboa, no dia 24 de Maio de 2014, são daquelas que fizeram do Real Madrid a melhor equipa do século XX. O clube mais laureado regressa ao lugar a que tem direito com a conquista da décima Liga dos Campeões. Doze anos depois de Zidane parar o tempo com o impossível pontapé em vólei, em Glasgow, o conjunto branco volta a reinar. E a espera mereceu a pena.
Porque o modo como se ganhou resume na perfeição a grandeza do Real Madrid. Em primeiro lugar, como se construiu a caminhada rumo à final, com uma trajectória imaculada, com destaque para as duas noites lendárias em Gelsenkirchen e Munique. Também pelo desenrolar do jogo, no qual se engrandeceram as virtudes históricas e de luta até ao final. E tudo isto culminando com uma celebração universal de todo o madridismo.
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O Real Madrid nunca se rende
Quando o Real Madrid entra em campo nada é impossível. Na final de Lisboa voltou a comprová-lo. Os de Ancelotti foram superiores, se bem que o infortúnio os tenha levado a chegar ao minuto 92 a perder por 0-1. Contudo, a garra e a epopeia que carrega este emblema surgiram entranhadas no golo de cabeça de Sergio Ramos. Depois, no prolongamento, Bale, Marcelo e Cristiano asseguraram a coroa madridista.
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MILHÕES DE ADEPTOS FESTEJARAM A DÉCIMA EM TODO O MUNDO.
“Foi uma festa a nível mundial, nunca tinha visto nada igual após ganhar a Décima. O Real Madrid começa a tornar-se uma 'religião mundial'", assinalou Ancelotti. E não se engana, pois o título mais desejado foi celebrado por todo o lado. Os adeptos que se deslocaram a Lisboa, os que assistiram nos ecrãs do Bernabéu, os que encheram Cibeles, os que viveram a festa da Décima no estádio... Mas também todos os outros aficionados que desfrutaram nos mais diversos cantos do mundo.
O triunfo de todo o madridismo
A Décima é, como dizia Ramos, “de todos os madridistas”. Um título que se foi criando dentro de um vestuário em que se respirava um ambiente especial sempre que se jogava um encontro da Champions. "Valeu a pena a espera", sublinhou o capitão Iker Casillas. Mas o Madrid nunca descansa. Toca a pensar na Décima Primeira.